sábado, 24 de novembro de 2012

# O desespero dos inconciêntes - 04

           O noite passara rápido e os cochilos foram frequentes. Eu não conseguira durmir direito. Só de pensar o que aconteceria nos dias seguintes, me causava arrepios. Eu durmira numa cama simples com um colchão que deixara minhas costas doendo. Já Daniel, durmira num conchonete no chão. Até que eu não estava tão mal assim . Ás sete da manhã, Dan me acordou. 
           - Levanta Sam , temos muito a fazer. 
           Com muita preguiça, levantei-me, tomei um banho, coloquei roupas confortáveis e penteei meu cabelo. Quando me acordou, Dan já estava arrumado e por isso fomos mais rápidos. 
           - Faça tudo o que eu te expliquei certo? - disse Dan -Não faça nenhum movimento em falso nem grite, chore , ria por nada. Não faça nenhum barulho e nada que faça as pessoas suspeitarem que você esteja presente.
           - Sim senhor.
           - E... Me desculpe, mais uma vez. Sei que é importante pra você , mas é pra mim também. Não deixarei que nada aconteça com você. - Me envonvendo em seus braços, me deu um beijo no rosto -Nada.
           - Eu sei Dan. - Lhe retribui o abraço.  
           Acertamos as contas na pousada e partimos para uma das ruas pobres de Iztapalapa, na qual eu não me lembro no nome. Lá, encontraríamos com a mãe dos irmãos. Segundo Dan, ela não se conformava com os atos que os seus filhos praticavam e e seu maior desejo é que eles sejam corrigidos. Por isso ela aceitou conversar com ele. Me parecia estranho, mas não descuti. Afinal, quem era agente do FBI era ele, não eu. Fomos  ao encontro de Dona Julieta de ônibus. Daniel disse que era mais seguro. Chegamos a um restaurante de comida caseira e lá estava uma senhora com um vestido longo florido e um turbante na cabeça. Aparentava ter 67 a 68 anos de idade. A reconhecemos por causa do tubante que ela disse que estaria. A ordens de Dan eram :
            - Eu irei encontrar com a velha. Você vai sair do ônibus primeiro e vai andar até um poste de luz que tem a quinze metros do restaurante. Lá você vai fingir que tá esperando alguém enquanto, discretamente, tira algumas fotos de mim e a velha conversando. Entendido?
             - Sim.
             O nervoso tomava conta dos meus nervos. Minhas pernas e minhas mãos tremiam e eu não sabia se conseguiria tirar fotos boas. Fiz o que havia cido orientado. Dan era um ótimo profissional. Se você não soubesse seu trabalho, nunca deduziria o que ele faz. Ele é natural e não se mostra nervoso. Enquanto tirava a quarta foto fui interrompida por uma voz desconhecida.
             - La señora es un fotógrafo?
             Aquele que falava comigo era familiar. Dan já havia mostrado sua foto quando me dava características dos irmãos Cruz. Era Abdiel, um dos psicopatas. Não tive tempo de falar. Três homens altos apareceram. Um deles pegou celular da minha mão e disse:
             - Mira Abby, la chica estaba tomando fotos de nuestra madre.
             -  Tomarlo y hacer lo que quieras - disse Abby.
             Com os olhos cheio de lágrimas e o coração cheio de medo, me levaram . Suplicáva para que Dan me olhasse e ele me viu. Rápidamente entrou dentro do carro junto com a velha e nos seguiu. Minha vida agora estava nas maos de Daniel. Minha vida e a sua chance de fazer justiça.

                                

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